Reforma Tributária e Vale-Refeição: o que muda para empresas e trabalhadores
- Ewerton Hirayama
- há 16 minutos
- 2 min de leitura
A reforma tributária aprovada em 2025 mexeu diretamente com a forma como empresas oferecem benefícios aos seus colaboradores. E um dos pontos mais sensíveis é o vale-refeição e alimentação, benefícios essenciais para milhões de trabalhadores brasileiros.
Neste artigo, vamos explicar de forma clara o que muda para empresas, RHs e trabalhadores — e quais cuidados precisam ser tomados para não sair no prejuízo.
O que mudou com a reforma tributária
Unificação de impostos: PIS e Cofins passam a compor a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços).
Nova forma de crédito tributário: a concessão de benefícios como vale-refeição pode impactar diretamente na apuração de créditos.
Discussões sobre exclusão de municípios: algumas prefeituras pressionam para que o benefício não gere créditos de forma ampla.
👉 Resultado: maior atenção do RH e dos contadores para adequação.
Impactos para as empresas
Regras mais rígidas no PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador):
Empresas cadastradas no PAT continuam obrigadas a seguir regras fiscais.
Benefícios como cashback passam a ser ainda mais questionados.
Custo de operação: dependendo do regime tributário, pode haver aumento no custo líquido do benefício.
Exigência de compliance: multas e penalidades podem recair sobre empresas que não se adaptarem.
Impactos para os trabalhadores
Risco de redução no benefício líquido: se empresas não ajustarem bem os contratos, o valor disponível pode cair.
Possibilidade de novos formatos de benefício flexível: plataformas como VR, Alelo, Caju, Flash e Ticket já estão se movimentando.
Mais transparência: tendência de os colaboradores acompanharem melhor o valor real disponibilizado.
Como as operadoras estão se posicionando
VR e Alelo: reforçam a rede fechada como forma de controlar custos.
Caju e Flash: pressionam pela rede aberta e benefícios mais flexíveis.
Ticket: aposta em expandir parcerias comerciais.
👉 Cada empresa deve avaliar o que faz mais sentido: rede fechada pode gerar margem maior para negociar, enquanto rede aberta oferece flexibilidade ao colaborador.
O que o RH precisa fazer agora
Conversar com contabilidade para entender os impactos reais no regime tributário.
Avaliar contratos vigentes com operadoras de benefícios.
Reforçar a política de comunicação com colaboradores para evitar ruídos.
Considerar ajustes estratégicos — como combinar benefícios tradicionais com flexíveis.
Conclusão
A reforma tributária não extingue o vale-refeição e alimentação, mas muda as regras do jogo. Para empresas, o desafio é manter a competitividade sem descumprir a legislação. Para trabalhadores, o alerta é acompanhar se o benefício será mantido em condições justas.
O futuro dos benefícios corporativos no Brasil está em transformação — e quem se adaptar primeiro sairá na frente.
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